E chegou o grande dia! Estamos um Brasil inteiro, de Educadores e Educadoras Populares da Recid, na Chácara do CIMI, Luziânia/GO.
Sob o lema “Da nossa diversidade, a força e a unidade para construir um Projeto Popular” e com os objetivos de, a partir das avaliações das equipes estaduais e da reflexão sobre a conjuntura brasileira e internacional, atualizar os desafios colocados para a construção do Projeto Popular que queremos para o Brasil e aprovar o novo programa de formação e as políticas pela quais a Recid se organiza (comunicação, gestão e organicidade) para o triênio 2012 a 2014 estaremos reunidos e reunidas deste dia 14 ao 18 de março. E, por falar em reunião, após a acolhida, sinônimo de muitos abraços, cheiros, beijos e sotaques das mais várias partes deste país continente, começamos a nossa da Região Nordeste, enquanto as demais regiões, faziam, adivinhem o quê? Reunião!
Com a escolha da coordenação iniciamos com uma breve apresentação dos participantes. Em seguida elencamos os pontos da pauta, descritos abaixo e seqüenciamos os trabalhos a partir dela:
- Momento para a região organizar a sua síntese (a partir do olhar dos acúmulos dos estados, planejamentos e projeções de possibilidades);
- Discutir enfrentamento dos projetos do Capital;
- Ver os desafios e como nos incorporaremos às lutas;
- Inquietações a partir dos debates e acúmulos;
- Indicação para os GT’s do XI Encontro Nacional;
De acordo com o proposto os estados trouxeram um pouco da sua leitura conjuntural e contaram como se deu o processo de avaliação das políticas da Rede durante o ano de 2011. Com a leitura da Carta Pedagógica, fruto do Macro Nordeste realizado no Piaui, que desenhava um pouco do que foi nossa construção daquele momento, que pautou as nossas lutas nordestinas e o nosso horizonte enquanto Macrorregião e formas de enfrentamento ao capital, concordamos que ainda não estava claro para nós como construir o projeto que tanto queremos.
Qual nossa estratégia para construção do projeto que queremos? Qual nosso horizonte político? Nossos eixos de luta? E o que são? Muitas perguntas, muitas respostas, mais debates, mais perguntas!
Então, novamente, cada estado, trouxe seus acúmulos, desafios e formas de enfrentamento do capital, que tem a mesma forma, mas diferentes faces.
Eita que povo sabido! E foi nessa construção coletiva e participativa que a região concluiu que não precisamos sintetizar, priorizar eixos de lutas e sim enfrentar o capital que avança numa política desenvolvimentista subsidiada pelos governos/Estados e a fragmentação e fragilidade das nossas bases sociais.
E entendemos que para isso utilizemos os eixos estratégicos, a reafirmação dos conteúdos do Projeto Popular:
- Democratização do solo urbano, da terra, dos meios de comunicação, da educação, da saúde, da moradia, e a radicalização da democracia participativa”;
- E como eixos táticos as principais bandeiras da nossa conjuntura nacional como juventude e educação, principalmente urbanos, os grandes projetos, meio ambiente e meios de comunicação.
Enquanto Ceará, trouxemos como desafios o enfrentamento a política desenvolvimentista, as oligarquias que mudam de sobrenomes, mas permanecem e que criam espaço para o fortalecimento e estabilidade do capital:
- Porto do Pécem,
- Transnordestina,
- Transposição do Velho Chico,
- Siderúrgicas,
- Termoelétricas,
- Refinaria da Petrobrás, etc.
Na vivência da mística, embalada pela música “Mulher rendeira” costuramos os retalhos levados pelos estados dando cara, aliás caras, a esta rede tão diversa.
Então, para finalizar o dia, participamos de uma mesa redonda com participantes do Governo E Sociedade Civil (SG/PR, SEDH, IBASE, AP).
GT de Comunicação da Recid Ceará